segunda-feira, 29 de julho de 2013

Primeiro GRE-NAL da Arena pode ter torcida única!


A confusão envolvendo a Geral e a Brigada Militar na partida entre Grêmio e Fluminense, na Arena, repercute no Gre-Nal do próximo domingo. Há possibilidade de o clássico 397 ser de torcida única. Uma reunião nesta terça-feira entre o Comando do Policiamento da Capital (CPC) e o Batalhão de Operações Especiais (BOE) iniciará um debate sobre o tratamento dispensado para a partida válida pela 11ª rodada do Brasileirão.
— Vamos nos reunir amanhã (terça-feira) para conversar sobre isso. O Gre-Nal de torcida única tem vários aspectos para serem analisados, como a mobillização de efetivo, o impacto para a segurança pública, quanto tempo de emprego vamos necessitar para dar a segurança aos torcedores — resumiu o Comandante do Policiamento da Capital, coronel João Diniz Godoy.
Assim como o major Francisco Vieira, subcomandante do BOE, o coronel Godoy é claro ao analisar como excessiva as atitudes dos policiais militares na abordagem ao torcedor conhecido como Gaúcho da Geral. Por meio das redes sociais, gremistas divulgaram agressões com socos e golpes de cassetete por parte dos PMs. A Brigada Militar admitiu o erro na forma com que o integrante da Geral é conduzido para fora da área específica da torcida.
— Não tive tempo de refletir e conversar com o comandante do BOE sobre o ocorrido. Estava fora de Porto Alegre, só vi as imagens. Ainda não fiz uma reflexão do acontecido. Vamos abrir um inquérito policial. As imagens são fortes e claras — afirma o coronel.
Segundo Godoy, a atitude dos policiais não é aconselhada e tem o repúdio por parte da corporação. O coronel exemplifica o uso da força como a última forma de contenção em uma abordagem policial. Há o recurso da voz, do uso de spray — quando o cidadão fica desorientado e o policial não necessita de usar a força.
— As imagens não nos permitem ficar alheios ao acontecido. É uma forma de atuação que não se aceita, não é permitida na Brigada. Temos a obrigação de corrigir isso e responsabilizar quem deve ser responsabilizado — apontou Godoy.
Não está descartada, também, segundo Godoy, uma punição ou o afastamento temporário aos policiais militares envolvidos na confusão. As imagens do tumulto auxiliarão as investigações:
— O encarregado do inquérito vai averiguar a necessidade disso ou não. Todas as imagens já fazem parte do inquérito — conclui Godoy.

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